Tem-se
aparecido nos últimos tempos no Brasil, uma serie de protestos nas grandes
capitais, que buscam a descriminalização do uso da maconha, e essa onda de
protestos tem ganhado alguns adeptos com grande expressão no cenário politico
nacional, tais como o ex-presidente Fernando Henrique e o também político, Fernando
Gabeira, por exemplo, o que atrai a atenção da mídia para a causa.
Fato é que muita gente vai ao embalo
da coisa por não criticar a informação e acaba por estar no mesmo barco de
pessoas que por traz de um protesto aparentemente inocente, possa ter algum
interesse maior que apenas a liberdade do uso da droga.
Alguns
usam o argumento do uso medicinal da droga, mas ao mesmo tempo esquecem que a
maconha traz inúmeros malefícios à saúde do usuário. Nesse
mesmo país em que alguns buscam a descriminalização do uso da maconha, só em
sete capitais, mais de 170.000 pessoas terão de esperar até cinco anos por uma
cirurgia não emergencial (O GLOBO). Nos
hospitais e prontos-socorros, mais filas e queixas quanto à qualidade do
atendimento. O desafio da saúde pública que já passou inclusive pelas mãos de
Fernando Henrique é tornar este sistema mais saudável e não criar mais uma
forma das pessoas poderem fazer uso de algo que certamente as tornarão mais
doentes e dependentes do nosso tão defasado sistema de saúde pública.
Algumas outras pessoas podem usar de
argumentos de que a liberação do uso da maconha faria com que enfraquecesse o
trafico dessa droga, no entanto, vale lembrar que o cigarro é lícito em nosso
país, mas que é traficado de países como o Paraguai que disponibilizam o
produto a um custo muito baixo. Há também o argumento de que o plantio da erva
seria algo forte contra o tráfico, por outro lado, vale lembrar que o tabaco,
matéria prima do cigarro, pode ser plantado também, mas ainda assim pessoas
compram cigarros contrabandeados.
O financiamento do tráfico não é
proveniente da maconha, pois essa é uma droga de baixo custo, na maioria das
vezes serve apenas como um complemento de renda nas bocas de fumo, droga esta
que também é citada por especialistas como porta de entrada para o uso de
outras drogas. A pesquisadora norte americana Karen Bolla diz que afirmação de
que a planta não faz mal é falsa. Ao contrário do que os entusiastas da planta acreditam,
a maconha pode, sim, causar danos permanentes no cérebro. Segundo a
pesquisadora, 80% dos usuários que tentam largar o vício sofrem com problemas
para dormir, com insônia e pesadelos, o que reforça a tese de que maconha é um
entorpecente que causa dependência e pode levar ao uso de outras drogas como
meio para controlar a ansiedade. A pesquisadora conclui: “maconha não é
inofensiva como algumas pessoas pensam. Poucas doses podem causar sérios
problemas, especialmente nos jovens”.
Conclui-se, portanto que liberar do
uso da maconha é expor nossos jovens a um maleficio, que embora não tenhamos
mecanismos suficientes para controlar hoje, sabemos que ao menos, para se estar
dentro da lei algumas pessoas se abstém desse uso. Conclui-se ainda que o
tráfico de drogas deva ser controlado com ações mais efetivas dos governos e
não com a liberação do uso de algo que possa adoentar nossa nação tão carente
de saúde pública.