O modelo cotas para negros em universidades, adotado pelo Brasil tão somente é uma cópia fiel do modelo norte americano que foi criado em meio a uma crise, visando sanar os problemas existentes naquele país na década de 60. Visto que no Brasil os problemas são outros, e que temos muito mais do que somente negros e brancos, temos uma ampla diversidade de raças e classes sociais, a aplicabilidade do modelo norte americano em nosso país torna-se contestável.
Inspirado na entrevista da procuradora do Distrito Federal Roberta Fragoso publicada na revista ISTOÉ em maio deste ano, aumentei ainda mais minhas convicções de que o modelo atual de cotas alem de não resolver os problemas brasileiros, aínda pode gerar ódio racial. Partindo deste pressuposto e seguindo o raciocínio de Roberta, o ideal para seria a criação de uma politica de integração de negros na sociedade, ou seja, ações afirmativas como cursinhos e bolsas para negros carentes. As atuais cotas tem um efeito ofensivo à igualdade constitucional, que pode vir a gerar um uma discriminação reversa, como por exemplo na concessão de uma vaga a um negro de classe média, excluindo assim um branco pobre da universidade.
Se houvesse então um programa de cotas para pobres, acredito que o problema estaria sanado, uma vez que, 70% da classe pobre brasileira se constitui de negros. Evitaria que pessoas de classe média e que tiveram acesso a escolas particulares durante toda vida tirassem a vaga de uma pessoa pobre, apenas pela cor da pele, o que poderia gerar alguns outros problemas.
Afirmo todas essas teorias, sendo eu descendente de negros também. Não seria justo que pela minha descendência, eu tivesse acesso a uma vaga de cota, que poderia pertencer a uma pessoa com menos oportunidades que eu. Fecho meu raciocínio com uma frase de um dos maiores lideres de movimentos negros norte americanos."Eu não tenho como justificar que negros ricos tenham acesso a benefícios estatais diante de tantos brancos pobres". Martin Luther King
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