segunda-feira, 17 de março de 2008

Colapso eminente


A industria dos concursos públicos hoje já é um fato no Brasil, a busca da estabilidade leva milhares de pessoas a prestarem concursos todos os anos por que hoje mais do que nunca, um pouco de estabilidade no trabalho e na vida financeira é almejada por todos.
Seria de fato o concurso público um método seguro de seleção, pois o que se vê por aí é que são aprovados aqueles candidatos “fabricados” em cursinhos, ou seja, o conhecimento ali apresentado é instantâneo, ainda nesta linha de análise me pergunto os profissionais selecionados nestas provas estão realmente dispostos a contribuir com a construção de uma máquina administrativa eficiente?, ou estão apenas de olho na estabilidade?.
A tal vida estável pode e tem criado um certo comodismo em alguns servidores, temo pelo futuro do funcionalismo no sentido de que dentro de alguns anos quase sua totalidade será composta por funcionários efetivos, e na falta de ferramentas de intervenção nessa zona de conforto, estes podem levar ao colapso do serviço público, o que pode acontecer e creio que será discurso de governantes para a privatização destes serviços, como aconteceu com empresas como a vale por exemplo.
Uma questão que levantei é a necessidade de se criar um novo modelo de serviço público, no qual os efetivados recebam de acordo com a quantidade e qualidade de serviços partindo deste ponto de vista, você poderia até não trabalhar muito ou bem, no entanto o governo não teria também que te pagar pelo que você não fez.

Um comentário:

Giovani R. Rodrigues disse...

Do G1, em São Paulo, com informações do Jornal Hoje
20/03/2008 - 13h26

Concurso na BA é anulado após aprovar até candidato analfabeto
Candidatos aprovados teriam ligação com funcionários da prefeitura.
Analfabeto aprovado no concurso disse que 'passou porque Deus assim quis'.

Um concurso público foi anulado em Itabela, no interior da Bahia, porque houve fraude no processo de seleção. Os 239 candidatos aprovados teriam ligação com funcionários da prefeitura. Um deles, inclusive, é analfabeto, segundo o Ministério Público da Bahia.

O concurso foi realizado em setembro do ano passado. De acordo com o Ministério Público da Bahia, as folhas de respostas entregues pelos candidatos foram alteradas. Uma perícia comprovou que as assinaturas também foram falsificadas.

“A fraude foi tão gritante que até um analfabeto foi aprovado”, disse o promotor de Justiça Bruno Gontijo, acrescentando que o candidato assinou com o polegar, mas, no gabarito enviado pela empresa, sua assinatura aparece por extenso.

O candidato analfabeto aprovado no concurso disse que "passou porque Deus assim quis". O G1 tentou contato com a organizadora do concurso, a Meritum Consultoria e Assessoria Municipal, mas ninguém foi localizado pelo telefone que aparece no site da empresa.

De acordo com o Ministério Público, o prefeito de Itabela, Paulo Ernesto Pessanha Silva, assinou no dia 13 de março um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) com a Justiça, comprometendo-se a não homologar o concurso e a lançar um novo edital.

O novo concurso deverá ser publicado até o dia 15 de maio, sua homologação deverá ser efetivada até o dia 30 de junho e a nomeação dos aprovados deverá ocorrer a partir do dia 30 de novembro, segundo o acordo firmado pelo prefeito.

Bom isso prova meus argumentos sobre a forma com que se atesta a condição do funcionário assumir o cargo.